domingo, 22 de setembro de 2013

Aventura paulistana

Esses dias fizemos uma grande aventura: fomos à exposição do Sebastião Salgado, Genesis, no SESC Belenzinho.

O papai tinha um trabalho em São Bernardo e pegamos uma carona com ele até o metrô Tatuapé. Pra deixar a aventura mais emocionante, estava chovendo!


Mas a intempérie não nos abalou. Coloquei o nenê no sling (que já tinha sido devidamente amarrado em casa, pois eu amo esse panão, mas lidar com ele na rua é pedir pro bom humor ir embora, ainda mais com chuva!), mochilinha nas costas e lá fomos nós pro metrô. Uma estação e já estávamos no nosso destino.

Consegui comprar um guarda-chuva do camelô na saída da estação (que mãe que sai de casa com chuva e sem guarda-chuva?!) e pé na estrada. Joaquim observava tudo, muito atento e aconchegado no sling. Era difícil saber quem estava mais maravilhado e curioso, se ele, com tanta novidade, ou se os passantes, olhando praquele bebê amarrado na mãe num pano verde, com boné vermelho e olhos azuis. Páreo duro!

Chegamos no SESC ainda com garoa, então fui direto pra exposição "indoor", mas logo na entrada tem umas fotos maravilhosas ao ar livre, que deixamos pro final. Com um pouco de vergonha, pedi pra funcionária do SESC tirar uma foto nossa. Eu tinha que registrar aquele momento tão especial por tantos motivos: a exposição em si, nossa aventura e a véspera de seis meses do Joaquim.


Logo em seguida virei o Joaquim de frente, pra ele ver as fotos também :) Não resisti e tirei algumas fotos nossas, "lutando" com a câmera do celular, pois preciso de umas dez pra conseguir um ângulo razoável em uma. O resultado até que ficou bacana!

A exposição está dividida em três salas: Sul do Planeta, África e Santuários. O bom de visitar em plena terça-feira é que estava bem vazia, mas por outro lado tinha várias excursões de escolas, então de tempos em tempos entrava uma nuvem de adolescentes e dava uma atravancada. Nem preciso dizer que o Joaquim chamava mais atenção que as fotos...

Olha que foca divertida! Feliz moradora de alguma ilha gelada da Antártica.

Mulher africana carregando seu bebê às costas e mulher americana carregando seu bebê à barriga!

Essa simpática onça pantaneira está nas fotos "outdoor", que são uns paineis lindos, contemplando imagens das Américas.

Consegui ver as fotos com calma e muita emoção. Na verdade, acabei não me demorando muito, porque senão corria o risco de entrar em colapso, tamanha era a beleza e a fragilidade retratadas naquelas cenas em preto e branco. Mistura de uma alegria imensa por saber que esses povos, bichos e lugares existem. Mas também uma agonia por incluir quase que automaticamente o "ainda" na frase anterior.

Quero comprar o livro - R$ 150,00 em 5x no cartão ;) - e só não o fiz porque não daria conta de carregar bebê, mochila e aquele livrão, tão lindo quanto pesado.

Mesmo sem me demorar muito, lá pelas tantas o bebê quis mamar e botei o peito de fora por ali mesmo, com ele preso ao sling, enquanto eu acabava de ver as fotos. Ao terminar, saí e sentei num confortável banco de madeira com vista pra piscina, enquanto o Joaquim continuava mamando. Uma funcionária nos viu e veio num tom muito afetuoso dizer que havia uma sala de amamentação, com um sofá. Eu disse que ali estava bom e ela disse que tudo bem. Fiquei pensando um pouco nessa coisa de amamentar em público e no quanto eu sou desencanada com isso... e o Joaquim também, pois ele não precisa de um lugar tranquilo pra mamar... quando gruda no peito parece que o resto do mundo some!

Logo em seguida fiquei pensando também na maravilha que é o SESC! A estrutura é funcional, espaçosa, linda. E o mais importante: popular e acessível. Dá gosto de ver e de estar e de poder usufruir de um lugar desse.

Sem nem precisar trocar a fralda (nessas horas a fralda descartável é uma mão na roda!), rumamos de volta ao metrô, que já não estava tão vazio. Baldeação na Sé e mais umas estações até a Santa Cruz, onde pegamos um táxi até a casa da tia Carol.

Delícia de aventura, com o melhor companheiro que pode existir! Faltou o papai, é claro, mas a gente vai fazendo o que dá.


A exposição fica até o dia 1 de dezembro e abre de terça a domingo, das 10h às 21h (domingo fecha às 19h30). A entrada é gratuita.
SESC Belenzinho.
Rua Padre Adelino, 1000. Perto da estação Belém do metrô.


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