quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

São onze horas da manhã e estamos de pijama. Você com a fralda amanhecida e meus dentes por escovar. Quem observasse a casa, principalmente a mesa do café da manhã e a pia da cozinha, teria certeza que a família fora obrigada a fugir às pressas, por conta de alguma guerra ou erupção vulcânica.

Você mamou por uma hora, como um recém nascido. Com quase onze meses continua meu bebezerro, meu mamute, meu mamão formoso!

Os antroposóficos falam que precisamos ter um ritmo, eu adoraria tê-lo, mas parece que você não se importa com isso. Fico sem saber se devo forçá-lo ou se confio em seus instintos. Os meus? Andam embaçados...

Você finalmente largou o peito, com aquele sorriso iluminado que te acompanha nas manhãs bem acordadas. Sorrio de volta e digo: "Bom dia luz do dia!".

Merecemos uma trilha sonora e quem vem nos fazer companhia é o Milton. Água de beber, bica no quintal, sede de viver tudo, e o esquecer era tão normal que o tempo parava, e a meninada respirava o vento, até vir a noite e os velhos falavam coisas dessa vida. Eu era criança, hoje é você, e no amanhã, nós.

Pronto, agora sim o dia começou! E tudo é perfeito!

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